terça-feira, 15 de novembro de 2011

CAPÍTULO 2 Movimento 1 - JACK O CAÇADOR DE DEMÔNIOS - CHUVA VERMELHA

Madrugada. As ruas silenciosas e apenas alguns cães ladravam para alguma sombra se movendo escuridão adentro... Um mendigo sentado na calçada, adormecido pela bebida é despertado pela correria de dois seres incomuns naquelas paragens. Um garoto nu que parecia mais voar do que correr, cercado por enormes baratas voadoras. Andando pela mesma calçada, vinha uma bela moça alta e de corpo fisicamente atlético com uma bolsa cheia de livros e semblante tranquilo, agasalhada com sobretudo e espartilho, calças de couro e coturno fivelado que chegava a altura do joelho.
Cabelos escuros na altura do pescoço com penteado despontado e óculos de grau que passavam certa intelectualidade sobre seus olhos castanhos e delicadamente delineados pela maquiagem bem feita. Lábios carnudos cobertos com batom vermelho escarlate num rosto pálido e bonito. Tinha por volta dos 21 anos.
Percebeu ao longe o movimento estranho, mas ao invés de procurar um lugar para se esconder, como seria o mais sensato uma moça fazer ao andar sozinha na rua de madrugada, (ou talvez sensato seria nem sair durante a madrugada, como fazem as boas moças...) sacou seu revólver da cintura e fez pontaria. Assim, logo o ser que se movimentava se aproximou, ela efetuou o primeiro disparo. BANG
O que mais parecia com uma sombra, sobre ela saltou com uma voracidade que a fez ir ao chão. A boca mordia mostrando as presas enormes e a baba escorria por seu rosto, suas mãos faziam um tremendo esforço para segurar a cabeça que não conseguia identificar como sendo de algum animal conhecido.
Eis que num estalo seco, a cabeça pareceu sofrer algum tipo de impacto e o "animal" rolou ao lado da moça, que tentou se levantar. Logo mais um disparo foi ouvido ao longe, e desta vez acertou o peito do vampiro que retomado a sua forma humanóide tinha avançado na garota. Com um baque seco, ele caiu de costas na calçada de pedra.
Se aproximando, a moça conseguiu distinguir o autor dos disparos. Uma figura enorme que mais lembrava os pistoleiros dos antigos filmes de western que ela assistia com seu avô no cinema quando criança.
Empunhando novamente sua pistola, uma semi-automática de calibre 45, ela esbravejou:
-Pára!! Senão atiro em você!
-Não quero nada com você menina, viemos atrás do bicho que está atrás de você. Dito isso com a colt ainda em punho, Jack mirava no vampiro que se levantava, flutuando atrás da moça.
BANG BANG... - vários disparos foram efetuados por ambas as armas, até que o nojento bateu com a cabeça na pedra da calçada, causando um ruído próprio dos ossos quando se quebram.

Já na calmaria, Evan tentou se aproximar da moça.
-Calma, senhorita, acho q o mal já passou. Me chamo Evan e sou padre.
-Me chamo Scarlett Montreal, padre. Estava saindo do Campus da faculdade neste momento. Ia pra minha casa.
- É inapropriado uma moça sair a essas horas na rua.
- Pra que você acha que trago esta 45 comigo? Recebi uma ligação da governanta que cuida de meu avô doente. Preciso ir pra casa com urgência, apesar da hora. Mas não tenho que dar satisfações, com licença...
Dito isso, ela guardou a 45 na cinta, e recolheu sua bolsa do chão. Continuou sua caminhada em ritmo apressado e correu, logo desaparecendo na escuridão.
-Uma chica bem esquentada e corajosa também. Comentou Evan, que às vezes não tinha o comportamento de um padre convencional.
Se aproximando do defunto, Jack começou a examiná-lo. Tinha os caninos próprios de vampiro, mas algo mais, a pele decomposta e nada de sangue, o cheiro de podre emanava dos buracos das balas. Ele ainda vivia. Mas se engasgava com o pescoço retorcido e quebrado. Logo iria morrer.
-Não adianta interrogá-lo, garanto que não vai conseguir falar nem escutar o que você perguntar. Interveio Evan, gesticulando o sinal da cruz em direção ao corpo caído.
 Salvum fac servum tuum (Salve o teu servo). Amen.
No entanto, Jack notou que o moribundo trazia em seu dedo anelar um anel dourado com um símbolo e algumas inscrições. Tomou-lhe o anel.
A esta altura eles já haviam perdido o rastro de Matt, que havia continuado sua fuga, apesar da confusão com o vampiro. Este que começou a se desfazer até se tornar somente ossos secos e depois poeira, devido à sua morte, definitivamente.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Movimento final do primeiro capítulo: Jack - O Caçador de Demônios. Chuva Vermelha.

Uma fria e enevoada rua de Londres. Tipicamente fria como as madrugadas na Inglaterra costumam ser. Estava na companhia de meu amigo o jovem Evan, recém ordenado padre pela ordem eclesiástica do Vaticano. Ocasionalmente me acompanhava levado por seu constante interesse pelo oculto. Mas desta vez a procura foi feita diretamente a ele na igreja por Maria, mãe de Matt, um garoto que dizem estar se comportando de maneira peculiar nos últimos meses. Chegando ao endereço fornecido pela mãe do garoto, um dos condomínios no subúrbio da cidade. Tocamos a campainha e logo a jovem de belos cabelos louros, olhos azuis e semblante deveras exausto veio atender, entreabrindo a porta, ainda com a correntinha presa no batente.
- Graças a Deus, Padre... Vamos entrar. Disse a mulher.
- Deus abençoe, filha. Espero que não se importe do meu amigo me acompanhar esta noite.
- Não, de modo algum... Lançando um olhar de curiosidade ao ver minha figura, confesso um tanto diferente, Usando um grande sobretudo de couro preto com forro vermelho, botas pesadas e chapéu. Porte de dois metros de altura e longos cabelos alvos. Felizmente ela não percebeu também a cor dos meus olhos, ocultos pela sombra do chapéu. Um brilho dourado, comum na raça dos Dampyr. O misto de homem com vampiro.
Olhar o qual não retribuí, até mesmo sem me apresentar. Não sou atento à etiquetas, deixo tais a cargo de Evan.
Subimos a longa escada semi-espiral até chegarmos ao quarto do garoto, que tinha cerca de oito anos de idade, nu, olhando para a parede, que continha estranhas escrituras e um pentagrama invertido desenhados com alguma substância escura e pegajosa, que parecia estar há algum tempo encrostada na parede. Um cheiro de carniça emanava do quarto. Logo percebemos alguns pássaros mortos e um gato, já falecido há pelo menos uma semana, devido ao seu estado de decomposição e pelos vermes e moscas que de sua podridão se alimentavam.
Devido ao estado do casulo, supomos que sua mãe já havia deposto de todos os meios de tentativa de controle de comportamento do filho. E julgando pelo estado do quarto, ela teria sido posta à fora inclusive com uso de violência, denunciando as cicatrizes que haviam no rosto e nos braços, conforme tinha mostrado à Evan momentos antes, na igreja.

-Bem, comecemos. Disse Evan apanhando sua bíblia e alguns apetrechos em sua maleta. Estola púrpura, água benta e crucifixo em carvalho.
- In nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti... Depois de declinar as bênçãos iniciais, o procedimento era borrifar água benta em movimento de cruz ao corpo à ser exorcizado. Pena que o ato foi interrompido pelo avanço do fedelho tal como cão raivoso querendo rasgar a garganta do Padre.
Saquei meu colt na intenção do que se fazer para calar um animal com hidrofobia quando fui detido pelas mãos da mãe do menino, agarrando meu braço.
No mesmo momento um vulto de olhos brilhantes e força descomunal dispara um golpe selvagem derrubando a mim e a jovem.
Suspeito que havia acompanhado toda a cena na espreita de uma das sombras do quarto, sem mesmo eu ter notado sua presença asquerosa.
Sobre a luminância do luar, o ser revela sua forma, extremamente magra, vestindo um roupão preto em farrapos e calças pretas. não usava sapatos nem camisa. Era careca e tinha as orelhas pontiagudas, olhar vidrado, emoldurado por profundas olheiras escuras como se estivesse sob algum tipo de abstinência. Também rosnava e babava muito. Tinha os caninos pontiagudos.
-Venha. A voz gelada petrificou a moça que se agarrava ainda mais forte no meu braço, me prendendo um pouco os movimentos. Quando finalmente me livrei num puxão nada delicado, e disparei um tiro na criatura, essa se desfez sobre a forma de muitos insetos voadores e grandes... baratas!
Conseguiram quebrar a janela com ajuda do garoto que se lançou num mergulho quase fatal, arrebentando o vidro e correndo pelo jardim até sumir de vista. Pudemos ver a sombra dos insetos fugindo junto com ele.
O padre ainda recuperava o fôlego quando eu disse a ele:
- Vamos Evan!

Saltamos com a agilidade de lobos famintos pelo mesmo lugar que tinham saltado nossos algozes e nos embrenhamos na noite em seu encalço.








sábado, 20 de agosto de 2011

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Oração ao Anjo da Guarda


Lembre-se, meu anjo da guarda, que, tendo o Senhor lhe confiado minha pessoa, você é meu protetor e amigo. Por isso, cheio de confiança em sua bondade que jamais solicitei em vão, recorro, meu bom amigo e irmão, apesar de haver muitas vezes desconhecido seus termos cuidados, imploro seu poderoso auxílio; não me recuse o meu pedido, santo amigo, ouça meus rogos e propício conceda-me esta graça.
Amém.

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarda, me governa, me ilumina.
Amém

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

sábado, 30 de julho de 2011

Deus Ex Machina pt 2


I am a machine
I don't shed the grief
don't get relief
don't fall in love
don't be angry
don't fight
don't run
don't give up
don't accept defeat.
I don't hate
don't laugh
don't cry
don't smoke
don't eat
don't drink
don't pray
don't believe
don't have faith
don't need money
don't make sex
don't have parents
no brothers
no sisters
no lovers
no friends
no criativity
no humility
I don't sleep
don't wake up
don't go to the bathroom
don't brush my teeth
Nobody seems notice me
I'm just here to do what my program command.



sexta-feira, 22 de julho de 2011

Evil Cry




The Evil Cry

She leaves around midnight
Hiding in the smoke shadows
darker than the shadow of their heart
darker than the bitter wine
Venomous as their soul
That breaks me down with your blow
She's a devil's cry
The evil that you can try

Loneliness don't is a thing new for me.
Fuck off my bedroom
With your smell of bloom
The sweet eyes that you can't have
blues like at the sky
but empty as your lies

She's a devil's cry
The evil that you can try
The evil that you can try
The evil that you can try, yeah


Talk cheap,
cheek to cheek.
In my ear you whispers,
sexy games like the whores
The puppet at your fingers,
raped by their chords,
played and faded.
Dead by fucking dawn

Venomous as your damned soul
That breaks me down with your blow
She's the evil's cry, She's a devil's sign
The evil that you can try
The evil that you can try
The evil that you can try, yeah

Trad.:

O Grito do Mal

Ela sai em torno da meia-noite
Escondida nas sombras de fumaça
mais escura do que a sombra do seu coração
mais escura do que o vinho amargo
Peçonhentos como sua alma
Que me quebra com o seu golpe

Ela é um grito do diabo
O mal que você pode tentar

Solidão não é uma coisa nova para mim.
Fuck off meu quarto
Com o seu cheiro de flor
Os olhos doces que você não pode ter
azuis como o céu
mas vazio como suas mentiras

Ela é um grito do diabo
O mal que você pode tentar
O mal que você pode tentar
O mal que você pode tentar


Conversa fiada,
de rosto colado.
No meu ouvido que sussurra,
jogos sexy como as putas
O boneco em seus dedos,
violentadas por seus acordes,
jogado e desbotado.
Morto ao amanhecer, porra

Peçonhentos como sua alma amaldiçoada
Que me quebra com o seu golpe
Ela é o grito do mal, ela é um sinal do diabo
O mal que você pode tentar
O mal que você pode tentar
O mal que você pode tentar

Stray




Stray


Walking a path that I'm the only to run.
To a place that nobody comes
Each person have the wish to have a gun



Inside my head a demon laughs,
to remember a past that I had lost.
Brings some things that I had forgot

This wasteland never will let you free.
The past will seek whenever where you are.
Caught in the act of despair.
Without breath in this air.



The wish of death is living stronger.
The end of journey gettin closer.
Where do we go for a run?
Each person have the wish to have a gun

No roses,
In the garden of your life.
Just the thorns under your nail.
The devil spits in your trail.

One demon, a laugh.
Laughing, inside of me.
Where do we go from here
Straying in this wasteland.

Trad.:

vaguear


Percorrendo um caminho que eu sou o único a correr.
Para um lugar que ninguém vem
Cada pessoa tem o desejo de ter uma arma



Dentro da minha cabeça um demônio ri,
para lembrar um passado que eu tinha perdido.
Traz algumas coisas que eu tinha esquecido

Este deserto nunca vai deixar você livre.
O passado vai procurar sempre onde você está.
Pego no ato de desespero.
Sem fôlego neste ar.



O desejo de morte está vivendo mais forte.
O fim da viagem ficando mais perto.
Onde nós vamos para uma corrida?
Cada pessoa tem o desejo de ter uma arma

Não há rosas,
No jardim de sua vida.
Apenas os espinhos sob sua unha.
O diabo cospe na sua trilha.

Um demônio, uma risada.
Rindo, dentro de mim.
Onde vamos a partir daqui
Vaguear neste deserto.

(I See) The Freight Train Is Coming




(I see) The freight train is coming

Nothing else matters to me here
Nothing else to make me happy here
Since you go to another one
and leave with the twisted dreams
when nothing is enough

I see...
The freight train is coming
I let this place for you
And the one that you have too
Leaving the remains of memories broken
As you wish, girl
As the last cigaret
Just smoking the glimpse of your
bitch angel face


But don't misunderstand
I'll never regret me
of time that we expend
And the dirty sheets that tear
And pour the wine
in our bodies spoiled

I see...
The freight train is coming
Leaving me away from you.
Bitch...


Trad.:

(Eu vejo) O trem de carga está chegando

Nada mais importa para mim aqui
Nada mais a fazer-me feliz aqui
Uma vez que você vai para outro
e sair com os sonhos torcida
quando nada é suficiente

Eu vejo
O trem de carga está chegando
Eu deixo este lugar para você
E o que você tem muito
Deixando os restos de memórias quebradas
Como você deseja menina,
Como o último cigarro
Apenas fumar o vislumbre de sua
puta cara de anjo


Mas não entenda mal
Eu nunca vou me arrepender
de tempo que gastamos
E os lençóis sujos que rasgamos
E despeje o vinho
em nossos corpos estragados

Eu vejo
O trem de carga está chegando
Deixando-me longe de você.
Puta ...

Rosa




Rosa

You suddenly appears
For a distorted voice and synthesized
Something new, something old
that brings my life back
with gold shimmer

A new, bright red rose
the tattooed skin
with this red, you will cure my blues

Please make this love forever
Please make this last forever minute
In this last chorus of this song
So, I hear your voice on the radio
And you're not here, sweet.
no longer

I learned to live with their thorns, baby
When darkness comes the sun
And I smell the scent of dead bones
Just beg you, remember that song
When you're gone.
Off the road
On the road again
Against my fear
my fear of losing you
Losing on the road

Did you wanna come back?

A new, bright red rose
the tattooed skin
with this red, you will cure my blues

Please make this love forever
Please make this last forever minute
In this last chorus of this song
So, I hear your voice on the radio
And you're not here, sweet.
no longer



Trad.:
Você aparece de repente
Por uma voz distorcida e sintetizada
Algo novo, algo velho
que traz a minha vida de volta
com o brilho de ouro

Uma nova e brilhante rosa vermelha
na pele tatuada
com este vermelho, você vai curar a minha tristeza

Por favor, faça este amor para sempre
Por favor, faça esse minuto durar para sempre
Neste último refrão desta canção
Então, eu ouço sua voz no rádio
E você não está aqui, doce.
não mais

Aprendi a viver com seus espinhos, baby
Quando o sol escuro vier
E eu sentir o cheiro do perfume de ossos mortos
Apenas te imploro, lembre-se dessa música
Quando você for embora.
Fora para a estrada
Na estrada novamente
Contra o meu medo
o meu medo de perder você
Perder para a estrada

Você quer voltar?

Uma nova e brilhante rosa vermelha
na pele tatuada
com este vermelho, você vai curar a minha tristeza

Por favor, faça este amor para sempre
Por favor, faça esse minuto durar para sempre
Neste último refrão desta canção
Então, eu ouço sua voz no rádio
E você não está aqui, doce.
não mais

Back, Little Bitch.



Back, little bitch.

Millions of faces, lord-like eyes
cloudy by the greed, moved by the thing
that only a selfish need
In this turbulent sea, the only thing I see is yours
Sad, makeup and numb brown eyes

With the last cigarette that burns my feelings for you
Just for you, that's something that I can burn
Just for you. Back, little bitch, back to the slum that you come
Cause everything here has done.

A tear of blood for a drink of wine, just have a cup of good sanity
You don't make me feel bad, but don't you can make me feel happy
when your bed sheet only can make me empty.

Maybe tomorrow I feel better, no, just a different way to be.
But better than I feel right now.
And I can put this gun down.

Volte, cadelinha.

Milhões de rostos, olhos arrogantes,
nublados pela ganância, movido pela coisa
que só um egoísta precisa
Neste mar turbulento, a única coisa que eu vejo são os seus
maquiados, tristes e entorpecidos olhos castanhos.

Com o último cigarro que queima meus sentimentos por você
Só para você, isso é algo que eu possa queimar
Só para você. Volte cadelinha, de volta para a favela que você veio
Porque tudo aqui tem feito.

Uma lágrima de sangue para um copo de vinho, só tem um copo de sanidade boa
Você não me faz sentir mal, mas você não pode me fazer sentir feliz.
quando o seu lençol só pode fazer-me vazio.

Talvez amanhã eu me sinta melhor, não, apenas uma maneira diferente de ser.
Mas melhor do que eu me sinto agora.
E eu possa baixar esta arma.

sábado, 25 de junho de 2011

EARTH SAGA VOL.2


Saudações, pessoal.
Este é o 2º número do Earth Saga, feito já há algum tempo, porém ainda inacabado.
Quem quiser conhecer o início do capítulo, pegue aqui.
Para ler, é necessário o programa Comic Display. Você encontra aqui
Até a próxima!

Novos links para o EARTH SAGA


Reupando o mangá Earth Saga.
Seguem os novos links:

http://www.4shared.com/rar/1fhEKGz_/ES1.html

domingo, 15 de maio de 2011

Walk the dinosaur

Deus Ex Machina



Penumbra de luz bruxuleante
no interno da cúpula escura e nauseante
onde a bomba principal manda o fluído que faz girar constante
as engrenagens
Dando vida ao que não quer ser vivo
Dando água ao que não mais tem sede
O vapor tóxico e enegrecido que circula nas bolsas
de ar viciado
O movimento, do que foi outrora
fraco, porém persiste
Atarracado e acorrentado
no mar de ar
das peças que querem se separar
o circuito mor
impulsos elétricos
não mais brilhantes
não mais intensos de amor
que fingem acontecer
o que acontece senão a programação
a ilusão
do que foi uma vida não vivida
Não há nenhum Deus saído da máquina
Só o grito metálico e melancólico
da ferrugem e da graxa
onde não mais se vê graça
Não há nenhum Deus dentro da máquina
sua rosa negra e apodrecida
é presa nas entranhas da alma
sem sopro de vida.






domingo, 16 de janeiro de 2011

ROLAND E JACK

Esse é um texto escrito pelo amigo e maníaco por Torre Negra, Silent Man. visitem o blog dele, contém escritos muito interessantes.


O pistoleiro caminhava por uma cidade fantasma cercada de sujeira e más lembranças. Não sabia realmente se estava em Todash ou não. Não sabia se aquilo era real ou sonho.
Não sabia mais aonde se encontrava o homem de preto(ou Marten, ou Randal Flagg), ou seja lá como ele se chamava. Mais ele não tinha perdido seu rastro. O KA sempre da um jeito nas coisas.
Ou era isso que ele esperava.
Entrara na cidade e misteriosamente se sentira cansado e disposto a descansar um pouco se encontra-se alguma alma viva ali.
“Você só pode estar louco, Roland” pensou, ”ficar cansado não é para você e encontrar alguma alma viva aqui parece igualmente impossível”.
Mas então ele ouviu algo. Na verdade sentiu um cheiro estranhamente familiar. Parecia o cheiro do cano fumegante de seu revolver. Mas como havia tiroteio em um lugar como aquele?
Roland segui-o. Chegou ao que parecia ser uma velha taverna. A velha placa com o nome do lugar escrito em vermelho balançava e fazia um barulho característico. O único murmúrio daquele lugar. Seu nome era Daniel´s.
O pistoleiro decidiu entrar. Entrou e viu que o lugar era limpo. Na verdade, não havia aonde ter sujeira, estava quase vazio. Exceto em um homem sentado em um banco perto de uma garrafa, tomando algo vermelho, mas não da cor do sangue. Então Roland tomou um susto. O homem que estava sentado tinha incrível semelhança com ele. Na verdade parecia que era ele próprio sentado lá. 
Ouviu a voz de seu mestre Cort lhe dizendo “Se é você lá, o que esta fazendo aqui?” Então, levou sua mão ao coldre de sua arma, mas parou quando o estranho homem levantou o rosto e olhou em seus olhos.
“Aqueles são olhos de pistoleiro”-pensou, e toda aquela história sobre a honra dos Homens de Eld passou-lhe pela cabeça. Levantou a mão e bateu 3 vezes com os dedos na garganta, então falou com o estranho:
“Boa tarde Sai, que seus dias sobre essa terra sejam longos”. Caminhou em direção do homem e viu o garçom chegar pela porta que dava aos fundos do lugar. Ele trazia um copo que estava limpando com um guardanapo branco. Na verdade, Roland procurava o banco que estava vazio ao lado do homem para se sentar e descansar, mesmo com Cort falando em sua cabeça que isso era uma amostra de como ele era fraco.
“Mister” disse o estranho enquanto abaixava a ponta de seu chapéu com a mão. Roland nunca havia ouvido essa expressão e imaginou que ela pertencia aos homens do outro lado do feixe de luz.
No balcão só se via uma garrafa daquele mesmo liquido estranho que o homem (igualmente estranho) estava bebendo junto ao seu copo. O provável garçom ofereceu uma bebida a Roland, mais na verdade o pistoleiro não conhecia nenhuma das bebidas que lhe haviam oferecido.
“Tudo é desconhecido aqui nesse lugar...” pensou e não esboçou vontade nenhuma de experimentar uma das novas bebidas que acabara de tomar ciência.
Então, o estranho homem de chapéu e cara de mau sentado na cadeira ao lado fez um gesto para o garçom e lhe pediu outro copo. Colocou na mesa e colocou um pouco do liquido estranho nela.
“Tome, Mister, vai lhe fazer bem como água”.
Empurrou para Roland e este tomou um gole apenas para conferir a verdade. O liquido entrou queimado entre seus órgãos, mas de alguma forma era confortante naqueles dias solitários.
“Obrigado-sai. O que vocês fazem em um lugar como este? Se torna estranho quando alguém esta em uma cidade de ninguém” – Perguntou Roland. O homem olhou mais uma vez para ele e agora ele pode ver seus olhos escuros e a morte estampada neles.
“Um lugar sem ninguém ainda é um lugar. E lugares como esse são raros.”-Ele respondeu para Roland e tomou mais gole daquela bebida. O garçom ouviu a conversa, deu um pequeno sorriso e foi para os fundos novamente.
“A única diferença daqui e da onde eu venho, é que lá não se podia deixar apenas sua bebida no balcão, hahaha”-Riu o homem e colocou a mão em um de seus revolveres. Roland viu que suas armas eram muito diferentes das que tinha. Elas eram mais brilhantes e não pareciam tão desgastadas com o tempo. Seu formato lembrava mais uma pistola do que um revolver e seu tamanho era quase igual ao tamanho dos revolveres de cabo de sândalo.
“Vejo que seu negócio também é chumbo, assim como o meu. Meu nome é Roland Deschain, filho de Steven. Acho que uma apresentação não nos fará mais estranhos. Quem é você?”
Ouvindo isso, o estranho se levantou e jogou uma moeda dourada em cima do balcão. Começou a andar devagar até a porta que o levaria para outra jornada.
“Quem eu sou? Acredito que só uma jornada me daria essa resposta”-Disse encarando a rua la fora.
“E que jornada seria essa, sai?”
“Talvez uma jornada para enfrentar meus demônios. Acredito que todos nós temos demônios a matar.” - Então o homem olhou mais uma vez pra Roland como se nunca mais fosse vê-lo. “Mas se mesmo assim quiser um nome, mister, descubra que nomes são como certas bebidas: Nós as bebemos e nunca mais esquecemos seu gosto.”- Falando isso, o homem se foi. Roland não sabia bem para onde, mais sabia uma coisa.
“Os demônios que esse cara encontrar vão tomar um chute bem no meio da bunda”- Pensou consigo.Então, tomou o ultimo gole do que sobrou da bebida. Ao acabar, olhou para a garrafa que possuía uma embalagem preta com um nome nela.
“Então esse é o nome.” – Pensou consigo mesmo e começou a sorrir.
O pistoleiro se levantou, agora com suas forças renovadas e caminhou até a rua.
Chegando lá, percebeu que não sentia mais aquele cheiro estranho. E na verdade, não era um cheiro de armas fumegantes como pensara outrora, era o cheio da procura, o cheiro da busca por algo. Ele conhecia aquele cheiro.
Assim continuou sua busca pela torre.